quinta-feira, 17 de junho de 2010

PROVE – PROGRAMA DE REAPROVEITAMENTO DE ÓLEOS VEGETAIS


O Prove (Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais) é um dos principais projetos da Superintendência de Clima e Mercado de Carbono, que promove uma série de oportunidades para a adoção, no estado, de tecnologias mais limpas e outras ações que visam à diminuição da emissão de gases que agravam o efeito estufa.

O objetivo do Prove é coletar óleo de cozinha usado para reaproveitá-lo na produção de biodiesel e de sabão pastoso. Com o programa, aproximadamente 4,5 milhões de litros de óleo de cozinha deixarão de ser despejados anualmente em rios e lagoas no estado.

O Prove tem como eixo central o aproveitamento de cooperativas de catadores de material reciclável na coleta residencial do óleo de cozinha, além de redes de hotéis, restaurantes e supermercados.

Quem quiser participar dessa importante iniciativa ambiental, contatando cooperativa de catadores para recolher óleo de cozinha usado e encaminhá-lo para reaproveitamento, deve ligar para o Disque-Prove, no telefone 2598-9240.

O lançamento do Prove foi possível com o apoio da Refinaria de Manguinhos, em Bonsucesso, que em maio de 2007 inaugurou uma usina para a produção de biodiesel que aproveita óleo de cozinha usado. Mas outra usina deverá ser inaugurada em Resende, na Região do Médio Paraíba, para reaproveitar óleo vegetal na produção de biodiesel.

Em setembro de 2007, a SEA fechou outra importante parceria, com a Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins (Abisa), para melhorar a qualidade do óleo de cozinha usado e reutilizá-lo na produção de sabão pastoso.

A parceria com a Abisa – entidade que reúne fabricantes de sabão – reforça o Prove e o trabalho das cooperativas de catadores. A parceria incluiu a instalação de um centro de filtragem de óleo de cozinha usado em terreno ao lado da fábrica do Sabão Português, na Av. Brasil, em Benfica. Como o óleo coletado é sujo, a filtragem retém as impurezas, valorizando o produto no mercado de reaproveitamento.

Os catadores têm que pagar dez centavos de real para a filtragem de cada litro de óleo. Em compensação, terão em mãos um óleo de boa qualidade para comercializar com as empresas produtoras de biocombustíveis e de sabão em pasta. E mais: as empresas que integram a Abisa estão comprando cada litro de óleo usado filtrado por 90 centavos de real.


Cooperativas de catadores

Já participam do Prove 25 cooperativas de catadores de material reciclável. Manguinhos está pagando de R$ 0,50 ou R$ 0,60 por litro de óleo de cozinha usado. Com o aumento da demanda pelo serviço, vêm sendo montados novos pontos de coleta na orla da capital e também em redes de supermercados, como o Prezunic.

O Prove já conta com o apoio de um caminhão-tanque cedido pela empresa Orla Rio, com capacidade para armazenar quatro mil litros do óleo, que está sendo operado pela Febracom (Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis). O caminhão percorre pontos de entrega de óleo de cozinha usado espalhados pela cidade, transportando o produto coletado por catadores para as usinas de reaproveitamento.

A partir de junho de 2007, a SEA passou a certificar a rede de apoiadores do Prove, que já inclui mais de 30 restaurantes, escolas e condomínios. A casa de espetáculos Circo Voador foi o primeiro participante certificado.

O governo estadual apóia a expansão da produção de biodiesel. Por isso, a Secretaria de Agricultura estuda quatro áreas no interior do estado a serem utilizadas para o plantio e cultivo de mamona e girassol – matérias-primas para a produção de biodiesel.

O apoio permitirá que o Rio se torne o primeiro estado a se capacitar para elevar de 2% para 5% a quantidade de biodiesel misturada ao combustível dos ônibus que circulam pela Região Metropolitana, diminuindo-se assim a poluição atmosférica e o efeito estufa. A meta desse programa – que está sendo levado à frente pela Secretaria de Estado de Transportes, com o apoio da SEA – deverá ser atingida até o final de 2007.


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